segunda-feira, 18 de abril de 2011

REUNIÃO DE PAIS - ORTEGA JOSUÉ!

 

Era uma vez, assim vai começar esta história que eu agora vou contar...

Era uma vez uma professora que contava histórias trocando seu tempo por experiências e encantamento, falava de aventuras, heróis, príncipes, princesas e  até de causos antigos. Histórias do mundo todo. Histórias que leu e que ouviu. Ouviu o vovô contar quando era pequena - não esqueceu mais! Prometeu que quando crescesse contaria também. Contaria para a história não morrer e para o vovô ter orgulho dela.
O tempo foi passando e as coisas foram mudando, as pessoas não eram mais as mesmas e parecia que as crianças também não eram mais as mesmas. A professora pensou em não mais contar histórias, também era tanta concorrência: DVD, televisão, vídeogame, internet, etc. Não sobrava tempo.
E aquela professora alegre, leve começou a sentir o peso desse tempo ficando com as costas arqueadas e com uma expressão de quem perdeu o dom de encantar com suas histórias.
E foi num desses dias de desânimo que ela viu novamente em seus alunos a expressão simpática e brincalhona do seu avô, dizendo que era chegada a hora dela olhar para dentro dela mesma, buscar suas raízes, sentir as palavras brotando como pinguinhos de esperança.
Foi neste dia que ela sentiu-se uma guardiã de um tesouro, um tesouro maravilhoso: as histórias.
A partir deste dia, nunca mais desanimou...contou, contou, contou e contou cada vez mais. Para todos que quisessem ouvir ou para ela mesma. Não importa. O que realmente importa é a magia de sentar no chão e soltar a imaginação.
Contar histórias para os alunos.
Contar histórias para os amigos.
Contar histórias, pai e mãe, para seus filhos!
Porque, no final das contas, meus amores, é somente isto que fica na lembrança: aquelas horas, aquelas mágicas horas em que - por um curto período de tempo - nós sentimos que somos "gente" importante. Amados.
A mágica hora que ficará guardada para sempre, sempre na lembrança: o som da voz, o jeito das mãos, o olhar e a risada grandona daquele avô tão querido e fofucho que era o MEU!
É, amores, essa professora sou eu.
Sei que existem milhares de coisas interessantes por aí, mas não deixem de ler e de buscar histórias.
A arte de contar histórias se perdeu porque as pessoas perderam o dom de ouvir.
Não deixem de ouvir o seu coração. Um pai, uma mãe, avós, amigos ou a professora contando histórias, ficará marcado para sempre na alma e na lembrança. Pensem nisso!

Beijos repletos de "causos" para vocês!

Profe. Drika.

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