Era uma vez um pássaro que tinha nascido diferente dos outros.
Ele não tinha cor. E todos o chamavam pássaro sem cor. Eu amo essa história. É praticamente um"Patinho feio" - só que com outra cara.
O Patinho feio foi meu primeiro livrinho. Aprendi a ler com ele. Sozinha.
Minha mãe me dava livrinhos quando queria que eu ficasse quietinha no hospital quando era criança. O livro vivia comigo. Perdi tanta coisa por aí - mas o Patinho feio continua firme e forte na minha biblioteca. Nunca me deixou.
Como é bom ter um livro que sempre está conosco, seja na lembrança ou nas mãos. Não importa, o que realmente conta são as páginas que levamos ao longo da vida, o bem que plantamos e o amor que sentimos.
O que eu mais amo na vida: ser professora.
Pessoas que amo são muitas e em primeiro lugar, meu filho. Segunda coisa que mais amo na vida: contar histórias e ler. As duas estão juntinhas, porque uma precisa da outra. São irmãs. Companheiras. Também gosto de escrever. Sabe como me sinto quando escrevo?
Borboletas coloridas voando, voando...soltas num grande jardim. Borboletas são palavras. Pensamentos são coloridos.
Hoje contei histórias nesta classe tão linda e querida, a classe da Tia Sandra. Este mês contarei para eles. Sentirei falta daqueles olhinhos quando estou contando as histórias. Logo, conhecerei outros olhos e outras crianças. Mas guardarei para sempre aquele riso e aquele olhar "volte logo"!!!! Não há pureza maior do que a sinceridade de uma criança.
Por isso O Pequeno Príncipe falou que não devemos nos esquecer de que já fomos crianças. Eu não. Lembro-me todos os dias de quando eu era criança. Por um breve momento, quando conto histórias, posso voltar...posso sentir de novo aquela sensação: CRIANÇA!
O pássaro sem cor vai ganhando cor e alegria na medida que ajuda. Eu sou o pássaro sem cor quando estou longe das crianças. Mas, quando estou perto....tenho todas as cores do mundo!
Beijos coloridos meus amores!
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